Todos sabem, e acredito que eu
não precise repetir, que desde as eleições de 2016 resolvi dar um basta em
postagens municipais, ou seja, parei de entrar em defesa pelos barreirenses por
ter visto que muitos dos munícipes de minha cidade não querem melhorias para si
mesmos. De vez em quando ainda dou uns pitaques aqui, outros ali, mas muito
discretamente, olhando mais do que comentando. Isso, de certa forma, me deixa
numa posição privilegiada.
Passei anos e anos postando sobre
a situação de Barreiros, mostrando casos terríveis de perseguição administrativa,
de corrupção ativa e passiva, entre outros casos. Levantei alguns poucos
louvores e muito ódio por parte daqueles que eu apontava. Cheguei até à receber
no dia 17 de junho de 2015 dois tiros que me foram endereçados por corruptos e
criminosos que diziam-se ofendidos em sua honra de “representantes do povo” por
conta de minhas postagens. Ainda hoje, continuam os mesmos senhores, “honrados”
mamando nas tetas da coisa pública, livres, judicialmente falando. O crime
contra minha vida nunca foi resolvido. Certamente, segundo informes, a compra
pelo silêncio foi validada, à ponto de que, quem devia defender a vítima,
correu para outra cidade não investigando os criminosos.
Mas, “deixando a profundidade de
lado”, como cantava Belchior, vamos ao que interessa nessa postagem de hoje.
Afinal de contas, o que estamos
vendo de novo na cidade de Barreiros? Alguém pode de algum jeito, me mostrar
alguma novidade? Tem algo novo nas tetas barreirenses?
Desde que me entendo por gente
que vejo acontecer uma catapulta de situações sucessivas. Na gestão de João
Baleia, quando este estava passando a “chave dos cofres da cidade” para Toinho
da Coca-Cola, ficaram naqueles mesmos cofres da Prefeitura uma quantia para ser paga aos
servidores do município. No mês seguinte, ou melhor, no primeiro mês do ano
seguinte o senhor Antonio Vicente cumprindo segundo o calendário pagou o
funcionalismo. Embora tenha-se algumas reclamações contra ele, foi um dos
melhores pagadores do serviço público, que já se pode falar. Ainda assim, não
deixou ele de passar por um pente fino tendo sido processado pelo Ministério
Público de Pernambuco.
Na saída de Toinho da gestão da
Prefeitura, por um processo, a administração pública passou para as mãos de
Cleto Gilberto, que foi visto como um dos péssimos administradores. Por não ter
pulso forte para administrar a gestão tendo alguns secretários e vereadores à
mandar, ao invés dele, o Médico Cleto, fora visto por estas bandas como o
primeiro à receber a alcunha de “veiaco”.
Depois de Cleto, volta à
administração pública, Antonio Vicente, que regeu a Prefeitura com mãos de
ferro saindo, no final de sua gestão como um gestor de linha dura, mas bem
aceito pelos servidores por ser, segundo diversas classes de funcionários, o
melhor pagador de salários que a cidade já conheceu até os dias de hoje. Ainda assim, houve quem dele reclamasse, como de praxe.
Ao deixar a gestão publica
Antonio Vicente deixou nos cofres públicos da cidade todos os valores para
pagamento dos servidores da Prefeitura que, por uma questão de "manuseio
judicial", atendido à revelia daqueles que já estavam de olho no poder à partir
de 2013, foi deixado sob judice.
A quantia que deveria ser pago
como salário ao funcionalismo à partir de Janeiro de 2013 só não foi paga,
conforme previsto, por puro capricho do então novo prefeito, Carlos Arthur,
gestor pelo PSB em Barreiros. Este, que gritava para os servidores que “pagaria
todos os valores à partir de Janeiro” ao receber os cofres do município, deu
uma de esquecido, e parcelou os valores para até três vezes, pagando o que era
para vir de uma vez só em Janeiro, só finalizando até o mês de abril de 2013.
Toda a gestão de Carlinhos da
Pedreira foi marcada por atraso de salários constantes. Todos os meses, desde
os três primeiros meses do ano de 2013 até dezembro de 2016 ele e seu grupo
administrativo não pagava os servidores em dia. Mês após mês as desculpas do
ex-prefeito Carlinhos eram várias. No mês de setembro de 2016 a desculpa mais
lavada que ele cometeu em ato público em evento do dia da independência foi de
que o salário (que constava com mais de três meses atrasado) era culpa da
ex-presidente Dilma Rousseff do PT.
Ao perder a eleição para um de
seus vereadores e padrinho político, Elimário e João Baleia, o prefeito
Carlinhos resolveu não quitar mais os salários deixando um enorme pepino nas
mãos dos servidores bem como nas mãos de quem assumiria a gestão à partir de
janeiro de 2017.
O MPPE mais uma vez, agindo
conforme outras vezes já aconteceu, bloqueou as contas públicas e a quantia que
deveria ser paga aos servidores, por seus salários e décimo terceiros atrasados
ficou disponível apenas para o mês de Janeiro de 2017.
Neste joguinho de “Pedro
Masalartes” os servidores da Prefeitura Municipal de Barreiros tiveram que
penar, mais uma vez, sem salários e ficaram à espera para receber quando os
valores fossem desbloqueados, depois que a nova gestão assumisse.
Tão logo assumiu, não se sabe
como, mas é algo já repetido pela gestão anterior, o dinheiro some e
“milagrosamente” a quantia “disponível” não dava para quitar todos os
servidores. O mais estranho é que o valor era equivalente ao número de
funcionários em folha... mas depois que a quantia estava disponível para pagamento era,
supostamente, insuficiente para quitação dos mesmos.
Daí, então, Elimário e João
Baleia, começam à repetir os mesmos passos da gestão anterior, ou seja, repetem os passos de Carlinhos da Pedreira.
Os funcionários foram ao MPPE
solicitar uma solução, que veio como forma de parcelamento para um pagamento
que estava com o valor total para ser pago de uma vez. Os mesmos, aceitam,
ridiculamente, essa formula e voltam à fila de espera para receber seus
salários que veio numa primeira parcela, depois, na segunda voltou à atrasar. O
povo volta para a Promotoria, e o acordo que já tinha sido feito em acordo
volta à ter um outro acordo para voltar à pagar em mais parcelas. E assim,
depois de tanto esperar resolvem que vão pagar até onde e quando puderem. E o
povo, sem defensor, tem que esperar, obrigatoriamente.
Segundo promessa de campanha, os
pagamentos do funcionalismo público deveria ser sagrado, conforme afirmavam em
palanques os senhores João Baleia, Elimário e Tomazinho. Estranhamente em nossa cidade temos três prefeitos e nenhum, ao mesmo tempo. Durante todo o ano de 2017,
de Janeiro à Dezembro, tudo o que se ouviu falar, nos quatro cantos da cidade
foi o descumprimento das palavras dos prefeitos (na gestão de Carlinhos era a
família dele em peso quem mandava e desmandava na Prefeitura, na gestão de
Elimário são três prefeitos que mandam, e consequentemente, três famílias) e o
não pagamento dos salários, que atrasaram em menos de 12 meses, muito semelhante à ultima gestão.
Imitando Carlinhos da Pedreira e
Leo da Pedreira, os senhores Elimario, João Baleia e Tomazinho deixam de pagar
o salário dos servidores em dia e atrasam ainda o décimo terceiro do
funcionalismo público.
Igualmente como a gestão anterior,
não deixaram, claro, de garantir os salários dos principais administradores da
Prefeitura, do secretariado, e de todas as empresas, carros contratados
daqueles que estão diretamente ligados ao prefeito (os) e mais outros... Só o
pagamento dos funcionários que não é possível resolver, afinal, tanto para os
que eram da sigla do PSB ou dos que são do PDT de Barreiros estes (o povo) são
os que menos interessam na gestão. São como gado que são puxados de um canto à
outro, que comem qualquer coisa e se viram de qualquer maneira. Não são
importantes. São apenas gente.
Portanto, conforme falei acima, não há nada novo sob o solo barreirense.
O prefeito que faz o papel de
gestor, não passa de uma pessoa que assina os papeis. Um prefeike, que já foi
vereador, que pouco ou quase nada fazia para representar seu papel, mas que
graças à acordos, certamente muito agradáveis à seus bolsos, consegue colocar a
irmã, que nunca atuou com criança em qualquer instituição, mas que se “confirma
mediante documentos”, como Conselheira Tutelar, e a esposa que passa à ter o
cargo de Vereadora e Primeira Dama, graças às graças feitas àqueles que foram
selecionados para votar.
Assim sendo, eu continuo olhando
e vendo o quanto as pessoas que aceitaram a troca do voto são mercadorias merecedoras
das lapadinhas que as gestões continuam lhes aplicando ao longo dos anos, dia e
noite. E percebo que nada se pode fazer por eles que apreciam de mais umas
facilidades em período de campanha, mesmo que sofram com as administrações que
não conquistam, antes, compram suas posições.
O que estão recebendo hoje, de lapadinha, foi o plano de uma excepcional escolha dos acordos dos que apresentam certos bonecos para serem eleitos àqueles outros brinquedos que votam pelo valor de uma troca de voto sem valor.
O que estão recebendo hoje, de lapadinha, foi o plano de uma excepcional escolha dos acordos dos que apresentam certos bonecos para serem eleitos àqueles outros brinquedos que votam pelo valor de uma troca de voto sem valor.
A lapadinha que o funcionalismo barreirense está recebendo hoje é igual ao carinho da gestão anterior. Nada novo sob o solo barreirense!