Estamos vivendo dias sombrios em solo brasileiro em todas as áreas, principalmente na política nacional.


Com o passar dos anos todos os políticos que assumem o poder são avaliados por suas falas e atos à frente do cargo por eles abraçados e eleitos por quem nele ou nela, acreditou mediante o voto.

No entanto, é forçoso reconhecer que os grandes nomes na politica local ou nacional não eram verdadeiramente avaliados por cidadãos comuns. As informações, positivas ou negativas, verdadeiras ou falsas, dos políticos de todos os níveis eram repassados por "agentes" ligados à essa ou àquela imprensa, nem sempre verdadeiras em seus fins. 

Vários desses sistemas de comunicação eram órgãos à serviço dos governantes, podendo informar o que lhes era viável. Na grande maioria das vezes tais informativos serviam para estampar em suas manchetes nomes dos políticos que melhor lhes pagavam para inflar-lhes o orgulho, rotulando-os como "homens e/ou mulheres de bem", por terem estes, bens financeiros.

Hoje com a força das redes sociais com da internet na palma da mão de uma boa gama de cidadãos comuns, crescendo mais e mais e mês à mês, todos os representantes políticos são e estão sendo avaliados pelos mesmos eleitores conectados que neles votaram, via rede mundial de computadores.

Uma fala, um ato, uma escrita deste ou daquele político muitas vezes compartilhados em áudio ou vídeo, pode ser avaliado imediatamente por qualquer pessoa, à qualquer instante, e em qualquer lugar, à partir de equipamentos eletrônicos acessíveis aos internautas.

Daí então, os julgamentos já não dependem tanto (mas não podemos ainda generalizar) das grandes mídias, dos tabloides, dos jornais impressos ou revistas, como acontecia até pouco tempo atrás.

Estes canais de informações estão sendo contestados por internautas, no mesmo instante de suas publicações. Se estão publicando verdades, são citados e apoiados. Se estão divulgando informações falsas, são contestados imediatamente à força de um clique.

As mídias oficiais estão perdendo espaço e terão que se esforçar ao máximo para manter a pouca credibilidade que ainda gozam no mercado nacional, e até mundial.

Um ato errado por qualquer jornalista, repórter ou blogueiro ligados à importantes jornais televisivos ou impressos, estão sendo vigiados de perto pelo cidadão comum, que não perdoa.

Isso é bom, e ao mesmo tempo perigoso, por que há também por trás de muitos desses olhares vigilantes pessoas ardilosas que também tentam (e em alguns casos conseguem) desvirtuar uma notícia por mais verdadeira que ela seja, acusando de Fake News (ou seja, notícia mentirosa, duas palavras americanas aceitas com facilidade em território nacional), o que é a mais pura verdade. E, em alguns casos, passam a ideia de que a mentira é verdade, criando confusão na cabeça de quem tá vendo aquela mensagem, mas que por não pesquisar, repito, aceita tudo às cegas. 

O que por sua vez, fica difícil de dizer de pronto se aquila notícia é verdadeira ou mentirosa.

E como geralmente a cada 10 pessoas 8 são ocupadas ou preguiçosas de mais para pesquisar sobre aquele assunto em foco, quem ganha espaço, primeiramente, é a mentira com a força das redes sociais.


Apesar de dizerem que "a mentira tem pernas curtas", é preciso reconhecer que ela tem passos largos.

Um boato, ou fofoca tem ganhado espaço na "velocidade da luz" em milésimos de segundos, impulsionados por robôs eletrônicos que disseminam aquela mentira, tão facilmente aceita por quem pouco está interessado ou interessada na verdade.

Já cantava o Grupo Legião Urbana que "mentir é fácil de mais" na canção As flores do Mal. O mais difícil, infelizmente, é andar lado à lado com a verdade. O que em tempos atuais é mais do que necessário.

E no geral, quem se preocupa constantemente em apresentar fatos reais é tratado como pessoa incômoda, chata, inconveniente, principalmente pelos que lhes são contrários nas redes sociais.

Com a criação da bipolarização política brasileira em que um grupo pertence à direita, que são aqueles que votaram e elegeram o atual presidente da república, e o outro lado pertencente à esquerda só pelo fato de não terem votado no representante da direita são radicalmente apelidados, todos, de petistas, mesmo que uma boa parcela deles tenham votado em outros candidatos por não acreditarem nos dois principais pólos políticos nem da direita nem da esquerda, e deixado uma boa parte de votar nas eleições de segundo turno, ainda assim, são inseridos num dos blocos tratados como inimigos e passam à ser ridicularizados em redes sociais pelos seguidores da atual gestão federal, por quem gozam de opinião diferente, dos que são adébitos do atual governo.

Estamos vivendo, verdadeiramente tempos sombrios. E isso preocupa qualquer ser pensante que tenha um pouco de raciocínio, de qualquer esfera, que tenha a ousadia de ainda acreditar que dias melhores virão, apesar dos atuais.