Todos temos que buscar algumas soluções para nossas vidas. Todos temos que ser felizes com nossas escolhas, com nossas opções. A postagem que estou trazendo hoje é digna por tratar exatamente sobre a questão da cirurgia bariátrica. Optar pela cirurgia é o melhor caminho?
Bom falar de marido é complicado porque existem maridos e maridos, mas no meu caso foi tranquilo ele me apoiou desde o inicio porque sabia da minha luta com a balança, ainda me ajuda muito, me faz rir muito com bobagens que ele diz. Mas sei levar na brincadeira, ele me admira a cada dia também, ainda somos os mesmo nos damos bem.
Contudo, com o estilo de vida moderno, nem sempre isso é possível, então os suplementos vitamínicos entram como aliados para combater os sinais da falta de nutrientes (fraqueza, queda de cabelo, unhas quebradiças, dor de cabeça). Em alguns casos, a suplementação pode ser para a vida toda.
14 – Depois da operação, terei que fazer exercícios físicos?
Em todos os procedimentos, o paciente deve se habituar a comer pequenas quantidades, várias vezes ao dia. As cirurgias disabsortivas, como o Scopinaro e o Duodenal Switch, permitem que o paciente tenha uma capacidade maior de alimentação. Em contrapartida apresentam efeitos colaterais sérios como o aumento da frequência evacuatória e a urgência evacuatória.
Fontes consultadas: Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátria e Metabólica (SBCBM); Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso); Hercio Azevedo Cunha, professor de gastroenterologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC), e membro da SBCBM
Em 2008, quando morava em Curitiba-PR, conheci a Dircelia Portes, na época moradora do Bairro Alto, que faz divisa com a cidade de Pinhais-PR. Uma pessoa simpática, feliz e acima de tudo uma mulher bem resolvida. Como vocês verão à seguir. E o motivo de traze-la hoje é para mostrar o antes e o depois de sua cirurgia. No entanto, vamos deixar que ela mesma se expresse com suas palavras para que melhor possamos entendê-la.
Numa conversa amigável por bate-papo ela me passou suas impressões as mesmas que trago aqui em forma de conversa para apreciação dos amigos.
Numa conversa amigável por bate-papo ela me passou suas impressões as mesmas que trago aqui em forma de conversa para apreciação dos amigos.
- Com suas palavras, me conte quem é a Dircelia?
Meu nome é Dircelia Portes, tenho 40 anos, sou dona de casa, moro em Curitiba-PR, casada há 23 anos, tenho 2 filhos, um de 18 e outro de 7 anos.
- O que te levou a optar pela cirurgia bariátrica?
Após minha primeira gestação consegui voltar ao peso normal. Mas passados 3 anos comecei a ganhar peso do nada. Onde me assustei e logo busquei ajuda médica. Me pediram exames se sangue e um deles, para minha surpresa, o resultado foi de uma tireoide super alterada. Eu como não entendia nada disso dei sequência no tratamento pelo qual tomo medicamentos até hoje. E assim será pro resto da vida. Sempre fazendo tratamentos com endocrinologistas, sem muito sucesso na perca de peso. Em determinado momento pedi para mudarem de médico novamente, não desmerecendo o profissional do qual eu estava, mesmo assim eu queria uma segunda, terceira, opinião. E assim aconteceu. Mudei para uma endócrino que me pediu novos exames. Tudo de novo. Desde lá do inicio. E assim fiz e com ela fiquei por 2 anos, até que um determinado ponto do tratamento ela disse que eu não estava perdendo peso necessário e que minha saúde estava sendo prejudicada. Cada dia mais o sobrepeso estava me causando dores nas pernas, além de ansiedade, pressão alta, quase inicio de diabetes, e que me encaminharia pra uma cirurgia. De inicio assustei porque sabia de pessoas que estavam anos (4 ,5 ,7 anos) na fila de espera. Então, eu disse que iria encarar isso sim! E assim aconteceu.
Iniciei meus exames no hospital Cajuru, aqui em Curitiba. E olha que não foi fácil a caminhada. Muitos exames, psicólogas, palestras, psiquiatras, etc.. Até que chegou o grande dia. Nada é fácil nessa vida se não tivermos um pouco de determinação. E tudo que eu tinha naquele momento era a determinação de ganhar uma nova vida.
E isso estou tendo. Uma nova vida.
- Quais os benefícios que você vem sentindo depois da cirurgia?
Estou sentindo todos os benefícios da cirurgia, hoje com 3 meses de operada, só tenho a agradecer à Deus e minha família os quais me apoiaram sempre, e me ajudaram em tudo que preciso, mas uma coisa que mais tenho em mente como benefício é ter aprendido gostar de mim mesma.
- Como anda sua estima atualmente?
Minha auto estima está em alta sim, mas pretendo e luto por isso, que ela só aumente cada dia mais.
- Como você encara o espelho atualmente?
Hoje em dia pra falar a verdade eu e o espelho estamos nos apresentando ainda rsrs, mas uma coisa eu sinto que hoje ele não me faz mais cara feia como antes, me chamando atenção tipo acorda!!! Mulher a vida é linda!
- Como encarava antes?
Antes olhar no espelho não era sacrifico, mas nunca fui fã, hoje em dia já vejo ele como um admirador, que me mostra quem eu, sou uma nova eu.
- Você já soube de algum resultado de alguém que não obteve sucesso com este mesmo procedimento cirúrgico?
Infelizmente a cirurgia não é tudo, ela é uma ajuda, mas cabe a nós mesmo seguir as regras certas, tipo se auto corrigir, se limitar de tudo que não mais nos faz bem, durante o processo de exames passamos por palestras e um assunto bem falado é que se não se cuidar em menos de 1 ano pode-se ganhar peso novamente, mas caso a pessoas não faça as coisas certas como exercícios físicos e controle de alimentação não adianta passar pelo período crítico de cirurgia e não levar a sério, que ainda temos cabeça de gordo e que o que diminui foi apenas o estômago. Conheço sim pessoa que passaram por essa (cirurgia) e não tiveram bons resultados não se cuidaram e voltaram a engordar ainda mais do que antes.(muito triste)
- Quais os seus medos antes de optar poe este procedimento?
O meu maior medo em não fazer a cirurgia seria que eu ainda seria aquela pessoa deprimida, sempre fazendo controle de depressão e que a cada dia engorda mais, ai quando a medico cogitou sobe a cirurgia me deu aquele up é não pensei duas vezes.
- Quais os conselho que você daria para quem passou por experiência semelhante à sua?
Quem está com sobrepeso, que peça ajuda a medicina, uma que sozinhos não conseguimos mesmo porque a ansiedade e depressão nos leva pra outro caminho, que é atacar algo pra comer independente da hora, é como se comer fosse uma maneira de prazer, satisfação, e depois arrependimento. Faça acompanhamento com profissionais que te digam e auxiliem no melhor pra cada um.
- No seu caso em especial, qual a opinião do marido?
Bom falar de marido é complicado porque existem maridos e maridos, mas no meu caso foi tranquilo ele me apoiou desde o inicio porque sabia da minha luta com a balança, ainda me ajuda muito, me faz rir muito com bobagens que ele diz. Mas sei levar na brincadeira, ele me admira a cada dia também, ainda somos os mesmo nos damos bem.
- Suas considerações finais para este bate papo?
Quero dizer que quando gostamos da gente, vamos longe em busca de ajuda, porque afinal de tudo, mesmo que a vida seja curta como dizem, não adiantem o fim dela por consequências suas.
17 dúvidas sobre redução de estômago respondidas por médicos
As perguntas mais comuns nos consultórios que tratam obesidade respondidas por três especialistas no assunto.
O último levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica mostrou que, só em 2010, foram realizados mais de 60 mil cirurgias de redução do estômago no Brasil, um número três vezes maior do que em 2005.
Cada vez mais popular entre os tratamentos para a obesidade, o procedimento ainda é cercado de dúvidas, especialmente de parte dos pacientes. OiG Saúde reuniu as dúvidas mais comuns nos consultórios dos especialistas em obesidade no País e pediu a três profissionais que respondessem a essas questões.
1 – A cirurgia bariátrica é reversível?
Apenas a gastrectomia vertical (em que um pedaço do estomago retirado) e o duodenal switch, onde uma das etapas da cirurgia é a gastrectomia vertical, não são reversíveis. As demais técnicas podem ser revertidas. No entanto, a reversão é extremamente complicada, oferece mais riscos do que a cirurgia em si e realmente só é feita em casos extremos, como em pacientes com câncer ou com aids. Se o paciente está com peso normal estável e as doenças estão controladas não há razão para desfazer o procedimento.
2 – Vou poder comer como antes, mas sem engordar?
Não. Nenhum procedimento faz milagre. As cirurgias prescindem de reeducação e manutenção alimentar e física para que os resultados sejam efetivos. O paciente precisar ter em mente que a cirurgia é apenas o início de uma mudança de vida, que inclui comer corretamente, de forma mais saudável, incluindo no cardápio frutas, verduras, legumes, carnes, pães integrais, sucos. O paciente poderá comer de forma mais comedida e com mais frequência, de 3 em 3 horas, deixando as guloseimas para ocasiões especiais.
3 – Como ter certeza de que a técnica é regulamentada?
No Brasil existem hoje quatro técnicas regulamentadas pela Resolução nº 1.942/2010 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos e equipe (veja aqui quais são). Os demais procedimentos e técnicas cirúrgicas para o controle da obesidade não apresentam indicação atual de utilização ou ainda estão em fase de estudos.
4 – Qual o perigo de me submeter a técnicas não regulamentadas?
Profissionais que praticam técnicas não aprovadas pelo CFM estão atuando fora da legislação brasileira e expondo seus pacientes a riscos desnecessários de complicações e morte. Para uma técnica ser aceita, ela precisa ser comprovada por anos de pesquisa clínica e ter perfis de segurança e eficácia aceitáveis, passando pelo crivo dos órgãos regulatórios de saúde de cada país. Prometer soluções mágicas do tipo “coma tudo o que quiser e não engorde” é, no mínimo, mentiroso e antiético.
5 – Quais as chances de ganho de peso posterior? Em quanto tempo isso é observado?
Até dois anos após a cirurgia, o paciente ainda está perdendo peso. A partir do momento que esse processo se estabiliza, é possível haver algum ganho, caso o paciente “baixe a guarda” e não se esforce para manter o peso. Esforço significa manter uma dieta balanceada e atividades físicas, o que é recomendado para os operados ou não. A cirurgia é apenas o primeiro passo rumo a uma nova vida e é preciso abandonar antigos costumes nocivos e adotar uma forma de vida mais saudável, que inclui dieta equilibrada e a prática de exercícios.
O principal fator para ganho de peso posterior é a não adesão ao tratamento, que não se resume apenas às cirurgias bariátricas. O tratamento deve ser multidisciplinar, ou seja, com médico, nutricionista, psicólogo e educador físico, já que o paciente deverá a aprender a viver de uma maneira diferente.
6 – Como escolher um bom cirurgião bariátrico?
Ao tomar a decisão, procure profissionais habilitados com experiência comprovada na área, evitando aqueles que prometem soluções milagrosas ou que pratiquem técnicas não aprovadas pelo CFM. Nosite da SBCBM consta a relação de todos os cirurgiões associados, que, obrigatoriamente, passam por programas de atualização e revisão científica.
7 – A mulher que passa por uma cirurgia de estômago pode engravidar? Ela deve ter algum cuidado extra nesse período?
Recomenda-se que a mulher aguarde 18 meses depois da cirurgia para engravidar, assim o organismo estará mais adaptado. É importante ter um acompanhamento médico e nutricional durante toda a gravidez , para evitar a carência de vitaminas essenciais para o bebê. Se for o caso, o médico pode indicar uma suplementação oral ou injetável. O pré-natal deve ser acompanhado pelo nutricionista, cirurgião e obstetra.
8 – O paciente que vai se submeter à cirurgia deve parar de fumar e de beber? Por quanto tempo? Quanto tempo depois da cirurgia ele pode voltar a fumar e ingerir bebidas alcoólicas?
Quem faz uso destas substâncias têm um risco maior para complicações em qualquer procedimento. Portanto, o ideal é que pare de fumar e de beber. Além de todos os riscos, a nicotina prejudica a cicatrização da pele, o que pode levar à infecção. As bebidas alcoólicas são agressores das mucosas do estômago e do intestino e reduzem a absorção de alguns nutrientes, por isso devem ser evitadas, sobretudo nos primeiros 6 meses, quando ocorre uma readaptação do trato gastrointestinal. O álcool é absorvido muito rapidamente após a cirurgia e cai na circulação sanguínea podendo levar à embriaguez mesmo com pequenas quantidades.
9 – O que é o dumping? Todo operado tem?
Todo operado está sujeito a ter a síndrome de dumping. O consumo de alimentos calóricos doces (pudins, sorvetes, milk-shake, leite condensado, sucos com açúcar, refrigerantes) e gordurosos pode causá-la. O Dumping acontece quando, depois de beber ou comer, o paciente apresenta taquicardia, sudorese, tontura, queda da pressão arterial e diarreia. Qualquer combinação destes sintomas pode ocorrer em intensidades variadas, dependendo do que a pessoa comeu. Alimentos ricos em açúcares e gorduras, em excesso, não devem fazer parte do cardápio de ninguém, operado ou não.
10 – Alguns pacientes operados relatam queda de cabelo intensa e unhas quebradiças, entre outros sintomas. Porque eles ocorrem?
Queda de cabelo e unhas quebradiças são sintomas comuns durante qualquer processo de emagrecimento, seja por cirurgia, dieta ou em decorrência de doenças que "consomem" a pessoa (como o câncer, por exemplo). No caso do paciente bariátrico, esses sintomas não devem persistir por mais de quatro meses.
Se não houver acompanhamento com a equipe multidisciplinar, o paciente pode apresentar déficit de vitaminas e proteínas, o que pode levar a estes sintomas. Nesses casos, é preciso rever a alimentação com o nutricionista e, se necessário, iniciar suplementação vitamínica oral ou injetável.
11 – Quais as possíveis complicações durante e após a cirurgia?
Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais, por isso a bariátrica deve ser feita em um hospital com estrutura adequada. Nas cirurgias disabsortivas é comum haver falta de nutrientes devido à baixa ingestão de alimentos e é necessária a suplementação vitamínica. Mais raramente, a cirurgia bariátrica pode gerar complicações como infecção, tromboembolismo (entupimento de vaso sanguíneo), deiscências (separações) de suturas, fístulas (desprendimento do grampo), obstrução intestinal, hérnia no local do corte, abscessos (infecções internas) e pneumonia.
12 – O efeito da pílula anticoncepcional após a cirurgia pode ser reduzido?
Nas cirurgias restritivas não há problemas, mas nas cirurgias que privilegiam a mal-absorção, pode ser que a pílula anticoncepcional tenha eficácia reduzida. Em muitos casos, recomenda-se a utilização de dois métodos anticoncepcionais concomitantemente mas essa é uma avaliação que deve ser feita caso a caso pelo ginecologista.
13 – É necessário fazer complementação de vitaminas? Por quanto tempo?
O paciente submetido a cirurgia bariátrica deverá ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar por toda a vida. Ele deverá realizar exames sempre e a reposição poderá ou não ser realizada. No entanto, se o paciente conseguir manter uma alimentação adequada, rica em carnes magras, verduras, legumes, frutas e massas integrais, a suplementação vitamínica não é necessária.
14 – Depois da operação, terei que fazer exercícios físicos?
Sim, sempre. Os exercícios físicos fazem parte do tratamento da obesidade, independente da técnica utilizada. Os benefícios do exercício são ainda maiores para os operados: aceleração do processo de emagrecimento, ganho de massa magra (músculo), redução da flacidez, melhora do condicionamento físico, melhora do desempenho cardiorrespiratório, fortalecimento dos ossos e ganho de disposição.
16 - Alguma técnica permite comer mais do que outra?
Em todos os procedimentos, o paciente deve se habituar a comer pequenas quantidades, várias vezes ao dia. As cirurgias disabsortivas, como o Scopinaro e o Duodenal Switch, permitem que o paciente tenha uma capacidade maior de alimentação. Em contrapartida apresentam efeitos colaterais sérios como o aumento da frequência evacuatória e a urgência evacuatória.
17 - Quanto tempo dura o processo de emagrecimento? Há risco de emagrecer demais?
Perde-se peso mais rapidamente no primeiro e no segundo ano após a cirurgia, mas a velocidade do emagrecimento vai diminuindo até estacionar, geralmente por volta do segundo ano. Todo ser humano tem um peso ideal em torno do qual o corpo tende a se estabilizar, ainda que pequenas variações para mais ou para menos sejam comuns ao longo dos anos.
Fonte MINHA SAÚDE